ME AGAIN, REENCONTRAR-SE / RITROVARSI
CROSSING THE THRESHOLD / CRUZANDO O LIMIAR / VARCARE LA SOGLIA
VOL. 1
I walked down the street smiling, my spirit expanded, my heart light. I lived in two dimensions at once: here and there, in the Winter Palace. Images and sensations filled me—the cold, the snow, the joy of spring, the golden light of Catherine’s world. My soul danced between these worlds, embracing both.
The trapdoor to the basement of my psyche had opened, and an entirely new, glittering world emerged. Gold, light, power—it all surged through me. I felt whole, dignified, and utterly myself.
The relationship inside me had died. Outside, it was on the verge of extinction.
One day, walking against the wind, full of this newfound life, I looked ahead and said aloud: I’m back.
It was a moment of total clarity, a joyful declaration of my return to myself. I felt like someone coming back to their hometown after fifty years away. I was home in my own skin.
I had returned from the dead, emerged from darkness.
I was alive again.
I was me.
Finally, me.
***
em vias de extinção.
Era maravilhoso.
Andava pela rua e percebia que minhas costas estavam mais retas, a cabeça mais erguida, o olhar mais risonho. Uma alegria emanava de dentro do peito, suave e potente. Foi absolutamente um dos momentos mais bonitos da minha vida. A gente se encontrar e se sentir tão à vontade na própria pele é simplesmente fantástico — um êxtase de alegria e bem-estar.
Vivi por vários dias entre mundos — meu espírito se ampliando, feliz e solto; minha alma revigorada; minha mente renovada; meu coração agradecido.
Lembro do dia em que caminhava contra o vento, cheia de nova vida, preenchida de mim mesma, e olhava o horizonte sorrindo, feliz, quando essa palavra surgiu de mim: voltei.
Eu voltei. Era uma sensação totalmente real — como quando se retorna à cidade natal após cinquenta anos fora.
Voltei. Estou aqui. Sou eu de novo. Ressuscitei, poderia dizer. Estou viva de novo.
Sou eu. Eu, Catarina/Sarah. A mesma eu. Finalmente eu.
***
Per la prima volta nella mia vita, cominciai a comprendere appieno chi fossi — non solo in questa vita, ma attraverso le numerose vite che la mia anima aveva attraversato. La storia di Caterina era la mia storia, e mi aveva portata qui, a questo momento, a questa consapevolezza.
Sorrisi di nuovo.
Il calore della scoperta permaneva, anche mentre la vita intorno a me continuava. Trovai conforto nella gioia silenziosa di quel momento, nel legame intimo che ora sentivo con un sé che ero stata un tempo. Avevo ritrovato una parte di me stessa che era rimasta in attesa, dormiente, nelle ombre del mio inconscio, e ora era sveglia.
E anch’io lo ero.
